quarta-feira, 9 de março de 2011

Ousadia


Uma taça de vinho foi derramada sobre o lençol
Sua lingerie está totalmente rasgada
São os destroços da ousadia
Em plena madrugada um demônio a possui, controlava seus atos
E ela sem saber se conter fez todo o que ele queria
Dama da noite inconseqüente
Nada importa somente o mundo entre quatro paredes
Velas em todo quarto
Um pentagrama desenhado ao chão e os portais foram abertos
Em plena turbulência, um leve aroma de pecado toma conta do local
E somente o agora importa
Incontrolável, desnorteada ela agora perambula pelo quarto
As cortinas são arrancadas brutalmente das janelas
Assassinos a desejam por uma noite
Possuída ela está, somente a claridade poderá libertá-la
Enquanto a longa madrugada parece séculos, do lado de fora do quarto
Demônios e anjos brigam na "Batalha de Sangue"
Anjo de asas de ouro, seu brilho ofusca a maldade
Raios atingem o coração dos demônios
Amanhece em toda a cidade e o quarto sem cortinas é totalmente clareado
Espectros são distribuídos e vários atravessam a dama
Exorcismo em segundos
O pentagrama é desfeito e dá lugar ao desenho de uma pomba
Os olhos da mulher não estão mais brancos e com um grito tudo está desfeito
O quarto enchem-se de água e tudo é limpo
Séculos de terror em uma madrugada dão lugar a paz
Deus existe, jamais se esqueça

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