quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

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Caminhava em um labirinto
Meus maiores medos se faziam visíveis e a angústia aumentava
Uma mulher me gritava e eu sem saber qual rumo tomar, corria
Uma voz familiar que não conseguia reconhecer
Mas ao correr percebia que não conseguia alcançá-la
Avistei várias portas e ao abrir uma a uma percebia que eram precipícios
Desesperei-me e me lancei em um
Cai em meio a várias rosas que me sugaram ainda mais a alma
Estava tudo tão seco que nem respirar era uma tarefa fácil
Percebi então que a voz finalmente ficava mais perto, porém tudo estava tão escuro
Meus pés cansados e minhas mãos cortadas pelos espinhos que envolviam também o labirinto
Incansavelmente eu continuei, gotas de sangue ao chão e mais portas
A medida que eu pensava no pior a voz da mulher se afastava
Mas eu tinha uma missão, de prosseguir mais do que nunca sem medo
Parei, suspirei e rezei
Ao rezar as paredes do labirinto desapareceram minhas feridas curaram-se
E as temidas portas viraram a conhecida esperança
Minha fé venceu, percebi que não era nada sem ela
Quando avistei a mulher corri em direção a ela
Lágrimas de meus olhos saiam e eu finalmente me sentia protegida
Com um forte abraço percebi que a mulher era um anjo tão perfeito que cuidara de mim, minha mãe.

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